Além da irrigação, outro grande desafio a ser superado no campo é o da energia elétrica, que ainda carece de potência para conseguir dar conta das demandas dos produtores gaúchos. Atualmente, 78% das redes de energia no meio rural são monofásicas. Na prática, isso traz restrições ao uso de equipamentos e de tecnologia.
Não são raros os casos de propriedades em que chuveiros e ordenhadeiras mecânicas ou tanques de resfriamento de leite não podem ser usados ao mesmo tempo. Esse e outros gargalos estão mapeados na Radiografia da Agropecuária Gaúcha, elaborada durante o último ano pela Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa.
Um livro com os diagnósticos do projeto, que se debruça sobre dados dos últimos 15 anos, será lançado hoje. Aliás, a implantação de sistemas de irrigação também depende de energia de qualidade.
- Há regiões onde poderiam ser implementados pivôs e isso não ocorre por causa da deficiência na energia - afirma o deputado estadual Ernani Polo (PP), presidente da comissão durante a elaboração da radiografia.