Quando anunciar o detalhamento das ações voltadas à agricultura familiar na safra 2013/2014, hoje, a presidente Dilma Rousseff, acompanhada do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, terá os números como o principal argumento. Apesar de representar uma fração do Plano Safra empresarial, o recurso é importante por atender a famílias que respondem por 70% da produção nacional de alimentos. E mais ainda para o Rio Grande do Sul, maior cliente desses empréstimos.
Lançado há 10 anos, o primeiro Plano Safra da Agricultura Familiar liberou R$ 5,4 bilhões. Agora, serão entre R$ 20 bilhões e R$ 25 bilhões - a cifra exata está guardada para o discurso do dia de Dilma. Considerada essa cifra, representaria quatro a cinco vezes o valor de estreia. Só para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) - que tem 16 linhas de crédito para investimento nas propriedades e custeio da produção - serão R$ 22 bilhões, alta de 425% em relação à oferta de 2003/2004, de R$ 4,2 bilhões. A exemplo do que fez com a agricultura empresarial, Dilma já deixou claro que liberará a quantia necessária.
- Não há limite de contratação. Se contratar R$ 25 bilhões, terá R$ 25 bilhões, se contratar R$ 28 bilhões, terá R$ 28 bilhões - reforça Pepe.
O Rio Grande do Sul é o Estado com o maior percentual de contratação entre os pequenos produtores. No atual ciclo, considerados os números até o mês de abril, os gaúchos absorveram 24% do montante nacional.
Ficará por conta da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), a grande novidade para o setor. A instituição é considerada essencial para que pequenos e médios produtores tenham acesso a inovações.
- A assistência é fundamental para levar mais tecnologia, aumentar a produtividade e a renda do agricultor, e produzir mais alimentos. Com oferta boa, o preço fica mais estável - diz Pepe.
Alguns dos principais aspectos do programa do Planalto para a agricultura familiar.