Apesar da aparência dócil das capivaras, o contato com o animal pode ser causa de doenças. A partir disso, a Secretaria do Meio Ambiente de Torres está orientando a população local a manter um distanciamento seguro dos animais, que têm aparecido com maior recorrência no município. Houve instalação de sinalizações da Secretaria de Meio Ambiente do município.
Ao encostar nas capivaras, ou pegá-las no colo, as pessoas podem facilitar a transmissão de doenças como a febre maculosa, presente em carrapatos infectados. A Secretaria da Saúde de Torres não registrou casos de contaminações até o momento. Além disso, há o risco de mordidas caso o roedor se sinta ameaçado.
O aumento do número de capivaras em Torres é recente e se concentra na área da nova Orla Gastronômica do Mampituba, em frente ao rio de mesmo nome. Segundo o Tenente Paulo Telles, do Pelotão Ambiental de Torres (Patram), o incremento está ligado ao fato de o espaço urbano representar mais segurança para os animais. Na natureza, eles podem ser alvo de caça.
— Elas estão praticamente domesticadas na cidade — descreve Telles.
Além disso, a convivência das capivaras com humanos também representa riscos para os próprios animais. A prefeitura já registrou casos de atropelamento dos roedores nas vias.
Por enquanto, a prefeitura limita suas ações à orientação ao público por meio de divulgações, sinalização e educação ambiental. Porém, para uma solução de longo prazo, não há definições.
O diretor da secretaria, Rodrigo De Rose, conta que a prefeitura não descarta a castração dos animais, mas diz ser necessário aprofundar o estudo sobre a população de capivaras na região antes.
*Produção: Fernanda Axelrud