Céu cinza e Sol vermelho, com cores opacas. Assim tem sido o amanhecer de Porto Alegre, do Rio Grande do Sul e de boa parte do Brasil há, pelo menos, duas semanas devido à pluma de fumaça dos incêndios que circula na atmosfera. A tonalidade do Sol voltou a chamar a atenção dos porto-alegrenses no início da manhã desta terça-feira (10).
A mudança nas cores do horizonte, que estão mais opacas, é resultado do corredor de fumaça que se formou a partir das queimadas que atingem diversos Estados do Brasil e regiões de países vizinhos como Bolívia e Paraguai. Esta pluma com vestígios dos incêndios bloqueia parte dos raios solares na atmosfera, em uma altitude próxima dos 1.500 metros, e atua como uma película que altera a tonalidade do Sol e impede a visualização do céu – que pode ficar cinza, com aspecto de nublado, mesmo em dias ensolarados.
Ouvintes do Gaúcha Hoje, programa da Rádio Gaúcha, chamaram a atenção para o Sol vermelho na manhã desta terça-feira. Público de diversas regiões do RS registrou o fenômeno no céu da sua cidade.
— O que está começando a ficar normal é o tal Sol avermelhado no meio da fumaça. Aqui (no Rio Grande do Sul) ainda está essa névoa, não aparece o Sol, o dia não clareia com a claridade que estamos acostumados — disse Tiago Bitencourt, apresentador do programa ao lado de Antônio Carlos Macedo, ao comentar as fotos enviadas pelos ouvintes.
No entardecer de segunda-feira (9), o Sol poderia facilmente ser confundido Marte, o planeta vermelho, no horizonte porto-alegrense. Embora visualmente bonito, o fenômeno representa riscos à saúde e tem impactos profundos no meio ambiente.