Internado há mais de um mês no Hospital Veterinário da Ulbra, em Canoas, o cavalo Caramelo - resgatado durante a enchente que atingiu parte do Rio Grande do Sul - recebeu um microchip com número de identificação. Outros animais que ficaram em abrigos após a cheia também receberão a tecnologia.
No dia 8 de maio, ao ser filmado "ilhado" em um telhado de Canoas, um dos municípios mais castigados pela enchente, Caramelo tornou-se símbolo da tragédia climática que atingiu o RS.
Implantado por uma injeção subcutânea ou intramuscular, o microchip contém numeração possível de ser acessada em uma plataforma, e pode oferecer informações do tutor, espécie, cor, raça, medicações diárias, vacinas e características especiais do animal, conforme explica o médico veterinário Thiago Müller.
— Assim como nós temos o RG, um animal pode ter um microchip. A gente insere, por meio de uma seringa, e, a partir disso, ele vai ter esse pequeno dispositivo dentro dele. Vamos garantir segurança e responsabilidade tutorial. O microchip permite dar uma "voz" ao animal, com isso ele consegue "explicar" quem ele é — completa.
Além de Caramelo, os microchips também foram inseridos em outros equinos abrigados em Canoas, e em cães e gatos acolhidos em abrigos e que passaram por castração.
O coordenador do curso de Medicina Veterinária da Ulbra Canoas, Jean Soares, esclarece que o dispositivo não funciona como GPS, mas como uma maneira de consultar os dados do animal, como forma de gestão:
— É uma tecnologia amplamente utilizada em países desenvolvidos e é fundamental para o controle e a gestão da saúde pública como um todo.