Uma lei que entrou em vigor, na terça-feira (19), passou a proibir a distribuição de sacolas plásticas em Gramado, na serra do Rio Grande do Sul. A medida visa incentivar o uso de embalagens mais sustentáveis.
O comércio de Gramado só pode distribuir sacolinhas plásticas se cobrar por elas. A secretaria do Meio Ambiente explica que, em caso de descumprimento, as empresas vão ser notificadas e podem ser multadas.
— Quem optar por continuar distribuindo as sacolinhas, que não seria o objetivo, pode vir a cobrar na sua nota fiscal, cobrar o preço da sacolinha. Então, alguns estabelecimentos vão preferir isso. Por causa do livre comércio, a lei não poderia estipular valores — afirma a secretária-adjunta do Meio Ambiente, Karen Nubia Oliveira.
Esquecimento e surpresa
Foram mais de quatro anos desde que o projeto começou a ser discutido na Câmara Municipal. Ainda assim, muitos consumidores foram surpreendidos pela medida.
— Me pegou de surpresa. Não sabia. Não tem jeito, tem que comprar. Melhor que ficar levando na mão — diz o produtor de eventos Paulo César Pereira.
Em um mercado da cidade, cada uma custa 10 centavos. O consumidor decide no caixa se vai comprar a sacola ou usar outros tipos de embalagens.
— Eu me esqueci. Tenho a sacola retornável, aquela ecológica em casa, mas ainda não estou com o costume de lembrar de trazê-la. Mas eu acho que é bacana, é só a gente ter o costume mesmo de lembrar e trazer a sacola pro supermercado — fala a enfermeira Dalila Vieira Lopes Soares.
Mudança de hábito
A lei vale para qualquer tipo de estabelecimento comercial da cidade. O proprietário de um supermercado afirma que os funcionários já foram orientados da nova norma.
— Os operadores de caixa perguntam: "você precisa da sacola? Quer sacola?" Vamos acreditar que isso vai dar certo — afirma Ronaldo Gallas.
Em uma ferragem, os clientes podem levar os produtos em caixas de papelão ou então comprar as sacolas por 10 centavos.
— Muitos clientes já estão trazendo a sua sacola. Então ficou uma opção bem boa. O pessoal até reclama no começo, o pessoal dá uma reclamadinha, mas depois o pessoal vai entendendo a necessidade — diz o proprietário, Flávio Zandonai.