O número de animais mortos com gripe aviária confirmada subiu para 548, confirmou, nesta segunda-feira (23), o governo do Rio Grande do Sul. A maior parte são mamíferos , como lobos e leões-marinhos, mas também há aves silvestres. Até o momento, não há contágio entre humanos ou animais de estimação.
Pesquisadores do Museu Oceanográfico de Rio Grande realizaram um monitoramento aéreo da Praia do Cassino até a Barra do Chuí, no sul do RS. Em quatro horas de trajeto, de cerca de 230 quilômetros, foram encontrados 178 lobos e leões-marinhos mortos.
Todos eles precisam ser enterrados para evitar que o vírus se espalhe. O governo do Estado alerta para que frequentadores de praias evitem chegar perto de animais mortos ou doentes. Também é recomendado evitar levar animais domésticos para a beira da praia.
O Estado tem quatro focos de doença confirmados:
- Leões-marinhos em Cassino
- Leões e lobos-marinhos em Santa Vitória do Palmar
- Leões-marinhos em Torres
- Ave silvestre em São José do Norte
Ilha dos Lobos monitorada
A Ilha dos Lobos, refúgio natural de animais marinhos em Torres, no Litoral Norte, é monitorada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Em uma semana, houve redução de 80% no número de animais na ilha. Segundo os biólogos do órgão, o motivo da queda é analisado.
— A partir de agora do final do mês, nos começamos a ter uma redução desses animais porque eles começam a fazer a migração pras colônias reprodutivas, só que houve uma redução drástica de uma semana para outra — diz bióloga Helen Borges.
No dia 10 de outubro, os biólogos contabilizaram 63 leões e dois lobos-marinhos. Nas últimas semanas, o número caiu.
Nós não podemos afirmar que está diretamente ligado à gripe aviária. Existe a possibilidade, mas nós não podemos afirmar ainda. Precisamos continuar com o trabalho de monitoramento — diz Helen.
Nenhum animal morto ou com sintomas da doença foi encontrado, segundo a bióloga.