Em três dias, 141 leões e lobos marinhos foram enterrados em Santa Vitória do Palmar, no Sul do Estado, em decorrência da influenza aviária. Somente no município do Litoral Sul, 147 mamíferos aquáticos já foram encontrados mortos. Todos tiveram o resultado positivo para H5N1.
Até o momento, foram contabilizados 362 mamíferos aquáticos mortos ou doentes em todo o litoral gaúcho. Em entrevista ao Gaúcha Mais, o prefeito de Santa Vitória do Palmar, Wellington Bacelo, disse que o número pode ser maior. A preocupação é com as condições climáticas na região, que dificultam o acesso de 10 servidores mobilizados aos locais mais isolados.
— Com certeza são muito mais animais mortos pela gripe aviária e isso nos preocupa bastante tendo em vista que os domésticos, os cães, podem ir até esse local e trazer pra dentro das suas casas esse vírus ou então as aves migratórias também se alimentarem dos animais e contagiarem outros — disse.
Com a nota técnica emitida pela Secretaria estadual da Agricultura, cabe ao município fazer uma cova profunda e forrar com lona para, então, enterrar os animais marinhos. O trabalho tem como objetivo evitar que cachorros e pássaros, com a possibilidade de devorarem as carcaças, transmitam a doença. Para realizar os serviços, também foram disponibilizados Equipamentos de Proteção Individual (Epis) e duas retroescavadeiras.
Além de Santa Vitória do Palmar, o Rio Grande do Sul tem outros três focos de influenza aviária confirmados. Sendo um deles em Rio Grande, na Praia do Cassino, outro em Torres, na Praia Real, e em São José do Norte, onde uma ave silvestre registrou a doença.
Os municípios, segundo Bacelo, estão trabalhando individualmente na remoção dos animais, seguindo as determinações da nota técnica emitida pelo Estado.