Ainda que não tenham localização precisa dos insetos, equipes do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) seguem monitorando as seis nuvens de gafanhotos em movimento na Argentina, mais precisamente em Matará, Santigo del Estero. Até agora, a informação é de que o enxame está cada vez mais distante do Rio Grande do Sul.
O enxame se move em grande velocidade, e há dificuldade em precisar o percurso dos insetos. No entanto, de acordo com Juliano Ritter, fiscal agropecuário da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Estado, a situação para agricultores gaúchos é segura.
O fiscal afirma que o cálculo depende de agricultores ligarem às autoridades para informar que gafanhotos passaram pela propriedade. A partir daí, técnicos estimam o percurso do enxame ao cruzar o local das fazendas com a hora da ligação.
Os gafanhotos
O fenômeno das nuvens de gafanhotos ocorre na Argentina desde 2015 — estima-se que algumas tenham, pelo menos, 20 quilômetros quadrados. Neste ano, um enxame desviou do curso normal, em direção a Bolívia e Chile, e ficou a apenas 90 quilômetros do Rio Grande do Sul, o que causou preocupação das autoridades e fazendeiros brasileiros. O enxame, contudo, já foi controlado pelas autoridades sanitárias e não causa grandes preocupações ao governo gaúcho.