Equipes do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agrolimentar (Senasa) da Argentina monitoram ao menos seis nuvens de gafanhotos que estão no país. Embora não tenham a localização precisa dos insetos há três dias, o que sabe é que estão ainda mais distantes do território gaúcho. Ainda assim, o trabalho de monitoramento continua no Estado.
O engenheiro agrônomo Héctor Medina, chefe do programa argentino de controle a essas pragas, informou que das sete nuvens que estavam no país, uma já foi controlada. Agora, seis estão sendo monitoradas: todas circulam pelas províncias de Salta e Santiago del Estero, mais ao norte da Argentina e distantes mais de 600 quilômetros de Barra do Quaraí, na Fronteira Oeste. Conforme o engenheiro, esses agrupamentos seriam provenientes do Paraguai.
— Os paraguaios estimam que as nuvens se formaram na Bolívia. Dali, foram para o Paraguai e, logo, para a Argentina. Não conseguimos identificar todas, mas elas têm, em média, 20 quilômetros quadrados — diz Medina.
Ainda que o enxame que estava mais próximo do Rio Grande do Sul tenha sido controlado, as equipes da Secretaria da Agricultura mantêm o trabalho de monitoramento. O fiscal agropecuário estadual Juliano Ritter, que atua na fronteira, avalia que o trabalho deve durar meses:
— Temos de seguir o trabalho, principalmente, em razão da nuvem que ficou vários dias em Entre Ríos e Corrientes. Não temos confirmação de que não há uma nova geração de insetos desse grupo.
Essa nuvem, que permaneceu dias em Entre Ríos, chegou a ficar a pouco mais de 90 quilômetros do Estado.