Seu barulho estridente priva os moradores do sono, elas deixam o bairro destruído e a comida deixada para elas atrai "ratos do tamanho de gatos". A descrição é do jornal The Guardian sobre um novo tipo de praga que tem causado incômodo a moradores do subúrbio de Auckland, a maior cidade da Nova Zelândia: galinhas selvagens.
Os animais reapareceram e se reproduziram em meio ao bloqueio total, conhecido como lockdown, estabelecido no país em combate à pandemia do coronavírus. A Nova Zelândia, conforme o ministério da Saúde do país, não registra novas infecções há 17 dias e foi elogiado pela resposta à pandemia, que passou por um rígido período de isolamento durante sete semanas.
Reflexo da pandemia, as galinhas selvagens, no entanto, ainda vão precisar de atenção e paciência dos moradores de Titirangi. Alguns deles descrevem que as galinhas trazem um caráter pitoresco e charmoso à vila. Outros dizem que são "como algo saído de um filme de Stephen King".
Segundo o The Guardian, o presidente do conselho da comunidade Waitākere Ranges, Greg Presland, afirmou que "a combinação de privação de sono e de ver o bairro destruído fez com que algumas pessoas realmente as odiassem". Segundo Presland, elas também prejudicaram as raízes das árvores de kauri, nativa da Nova Zelândia ameaçada de extinção. A gota, d'água, foram os ratos enormes que apareceram pela região devido ao alimento deixado de fora por elas.
Antes do isolamento, os contratados do conselho montaram redes grandes em diferentes partes da vila, reunindo cerca de 230 aves. Agora, es esforços para capturar as aves, multiplicadas, serão redobrados, embora alguns moradores exasperados tenham sugerido que eles sejam enviados para uma empresa local de frango congelado.