No verão em que as lavouras do Rio Grande do Sul enfrentam a estiagem mais severa desde 2012, a noite de sexta-feira (10) trouxe um pouco de alívio, sobretudo aos municípios da Região Central. Conforme registros do Instituto Nacional de Meteorologia, em Santa Maria, sobretudo do final de tarde até o início de noite, choveu 84,6 milímetros, o que equivale a 59% do esperado para o mês. Outros municípios com bom volume de chuvas foram Cruz Alta, onde choveu 92,8 milímetros, e São Vicente do Sul, que acumulou 100,2 milímetros.
De acordo com a Emater, o milho é a cultura que mais sofre com a estiagem na região. Em uma área de 25 mil hectares em 35 municípios, já foi estimada a perda de 25% na produtividade – que é o potencial de rendimento da cultura. Os números da entidade também apontam perdas significativas pelo Estado nas culturas de soja, feijão e arroz. O cenário atual indica que a projeção de nova safra recorde de grãos no Rio Grande do Sul tende a não se concretizar.
Na Região Norte, a mais afetada pela estiagem, também houve chuvas desde a noite de sexta-feira, mas em volumes menos generosos. Em Frederico Westphalen, por exemplo, choveu 44,6 milímetros. Já Palmeira das Missões registrou 41 milímetros, a maior parte deles (31,6 milímetros) concentrados entre meia-noite e 1h da madrugada deste sábado (11).
Neste final de semana, o Rio Grande do Sul deve continuar com calor e pancadas de chuva. Este sábado (11) deve ser marcado por pancadas de chuva em quase todas as regiões, com exceção de algumas cidades ao sul, onde o tempo permanece firme.