A ativista sueca Greta Thunberg se aproximava nesta segunda-feira (2) do litoral de Portugal, onde teve que atracar na terça-feira (3) depois de atravessar o Atlântico em um catamarã, a caminho da conferência mundial sobre o clima (COP25), organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), que acontece em Madri, na Espanha.
A jovem de 16 anos se tornou o rosto do movimento juvenil contra as mudanças climáticas, que exige ações concretas para conter o aquecimento global.
Greta viaja para a Espanha a bordo do "La Vagabonde", um catamarã de 14 metros que partiu em 13 de novembro de Hampton, na Virgínia (leste dos Estados Unidos). Desde 2015, ela se recusa a andar de avião por causa de sua alta emissão de carbono.
Depois de uma viagem de mais de 5,5 mil quilômetros, o navio, que pertence a um casal de australianos que vive com seu filho de 11 meses, chegará a Lisboa na terça-feira.
A tripulação, também composta pelo navegador britânico Nikki Henderson, será recebida pelo prefeito de Lisboa, Fernando Medina, e jovens ativistas portugueses inspirados por Greta.
Segundo seus interlocutores portugueses, na terça-feira à noite ela deixará Portugal em um trem noturno para Madri, para participar da COP25.
A cúpula, que começou na segunda-feira, reúne representantes de quase 200 signatários do acordo climático de Paris.
Greta Thunberg ficou conhecida por ter lançado, em agosto de 2018, greves estudantis nas sextas-feiras para defender medidas climáticas, uma iniciativa imitada por estudantes de todo o mundo.
Após a cúpula de Nova York sobre o clima, onde denunciou o desleixo dos líderes mundiais em aplicar medidas concretas e eficazes contra as mudanças climáticas, ela participou das manifestações organizadas toda sexta-feira em várias cidades da América do Norte.
Na sexta-feira (6), ela planeja participar de um comício em Madri.