A ativista ambiental sueca Greta Thunberg partiu dos Estados Unidos a bordo de um catamarã nesta quarta-feira (13) depois de mais de dois meses na América do Norte, com o objetivo de chegar a Europa para assistir à COP25, cúpula do clima da ONU, em Madri no início de dezembro.
Thunberg embarcou junto com o pai, Svante, no catamarã La Vagabonde, que pertence a um jovem casal australiano que vive a bordo com seu bebê de 11 meses.
"Quero agradecer a todas as pessoas que conheci na América do Norte por sua incrível hospitalidade", tuitou do oceano.
O casal tinha proposto aos Thunberg levá-los de volta a Europa depois de que a ativista, que não viaja de avião devido à pegada de carbono desse meio de transporte, lançou um chamado em 1 de novembro nas redes sociais em busca de um meio de transporte transatlântico.
A navegante britânica Nikki Henderson se uniu à tripulação para a travessia.
O barco, de 14 metros de comprimento, saiu de Hampton, Virgínia, na costa leste dos Estados Unidos, e planeja atracar em Portugal, a mais de 5.500 km de distância. A travessia deve levar ao menos duas semanas, segundo Henderson.
Durante 11 semanas, Thunberg, de 16 anos, ajudou a mobilizar multidões na América do Norte para as greves escolares pelo clima, que ela havia lançado na Suécia em agosto de 2018.
Chegou a Nova York no fim de agosto a bordo de um veleiro e se deslocou pelo continente em um veículo elétrico Tesla colocado à sua disposição pelo ator e ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger.
Thunberg denunciou a falta de ações dos líderes mundiais na cúpula especial da ONU sobre o clima em setembro, e participou todas as sextas-feiras em manifestações de Nova York a Vancouver, passando por Washington, Montreal, Alberta, Iowa, Dakota do Norte, Los Angeles e Charlotte.
La Vagabonde tem painéis solares e um gerador hidroelétrico, assim como um motor para entrar e sair dos portos.
O casal normalmente como peixe a bordo do catamarã, mas mudou seus hábitos especialmente por seus convidados. "Decidimos ter um barco vegano para Greta", afirmou Elayna Carausu.
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* AFP