Brigitte Bardot denunciou nesta sexta-feira (17) a decisão de Washington de voltar a autorizar a importação de troféus de caça de elefantes abatidos no Zimbábue e em uma carta dirigida ao presidente americano afirmou que Donald Trump "não está apto para governar".
"Nenhum déspota no mundo pode atribuir a si a responsabilidade de matar espécies antigas e que fazem parte da herança mundial da humanidade", escreveu a ex-atriz francesa um dia depois do anúncio da agência federal a cargo dos temas de caça e pesca.
O Serviço de Pesca e Fauna Selvagem (USFWS) informou nesta quinta-feira que "emitirá licenças para importar troféus de elefantes caçados com fins recreativos no Zimbábue de 21 de janeiro de 2016 até 31 de dezembro de 2018", gerando uma onda de críticas de organizações ambientalistas e de proteção animal.
"O elefante é um animal único, mágico, sagrado, venerado e protegido. Suas ações vergonhosas confirmam os boatos que dizem que você não está apto para governar", escreveu a ativista defensora dos animais, de 83 anos, que denunciou uma "lei assassina".
De acordo com a organização Great Elephant Census, o número de elefantes diminuiu 30% entre 2007 e 2014 na África, e especificamente no Zimbábue caiu 6%. Em abril, a presidente e fundadora da Fundação Bardot denunciou uma lei promulgada por Trump que autoriza a caça nas reservas protegidas do Alasca.
Por meio do Twitter exigiu que o presidente americano volte atrás "nesta decisão absurda que é um crime da humanidade contra a natureza"."Mais uma vez mostra o seu desprezo com a necessidade essencial de preservar a natureza, defender a biodiversidade", escreveu.