O governo de Donald Trump voltou a autorizar, nesta quinta-feira (16), que caçadores americanos importem troféus de elefantes abatidos no Zimbábue, provocando críticas dos defensores de animais. As autoridades americanas revogaram a proibição imposta pela administração anterior, de Barack Obama, sobre a importação de presas de marfim deste animal cuja população se reduz rapidamente na África.
O Serviço de Pesca e Fauna Selvagem (USFWS) "emitirá licenças para a importação de troféus de elefantes caçados de forma recreativa no Zimbábue entre 21 de janeiro de 2016 e 31 de dezembro de 2018", informou a agência federal de caça e pesca dos EUA.
"A caça de entretenimento, legal, bem monitorada e como parte de um programa pode beneficiar a conservação de certas espécies ao alentar as populações locais a conservar as espécies e injetar dinheiro na conservação", explicou o USFWS. "Para apoiar a conservação, os caçadores devem optar por caçar apenas em países com governo sólido, regras inteligentes e populações selvagens saudáveis", acrescentou a agência.
Este raciocínio "equivale a vender uma criança no mercado negro para arrecadar dinheiro para a luta contra a violência infantil", declarou a associação americana de defesa dos animais PETA.
"Comportamento reprovável da administração Trump: 100 elefantes mortos todos os dias. Isto levará a mais caça ilegal", denunciou The Elephant Project no Twitter.