O condutor Iberê Vargas Braga, hoje com 30 anos, vai a júri no dia 26 deste mês, às 9h, na 1ª Vara Criminal de Tramandaí, no Litoral Norte. No dia 17 de março de 2012, quando ele tinha 21 anos, houve uma colisão entre dois veículos e, após deslocamento, o carro bateu na mureta da ponte entre Tramandaí e Imbé, atropelando várias pessoas. Três pessoas morreram e cinco ficaram feridas.
De acordo com a decisão do juiz Gilberto Fontoura, o motorista responde por três homicídios e cinco tentativas de homicídio. Na época, conforme a Polícia Civil, foi confirmado que Braga estaria embriagado. Ele chegou a ser preso, mas liberado cerca de três meses depois.
A caminhonete conduzida por ele colidiu com outro veículo na ponte entre as duas cidades. Depois disso, o veículo bateu na mureta da ponte, atingindo diversas pessoas que costumam pescar ou passear pelo trecho.
Duas vítimas morreram, pai e filho que pescavam no local, Euclides Capellari, 71 anos, e Gilmar Capellari, 44 anos. O corpo de Gilmar foi localizado no dia seguinte por pescadores na Lagoa do Armazém, a cerca de dois quilômetros do acidente. Outras cinco pessoas ficaram feridas.
A caminhonete caiu no rio e o motorista conseguiu sair, mas o passageiro que estava com Braga no automóvel não foi localizado. Quase duas semanas depois, o corpo de Edson Dullius Júnior, 19 anos, foi encontrado no litoral catarinense.
Conforme a denúncia, o caso é de homicídio com dolo eventual, quando há intenção, pelo fato de ser comprovada embriaguez. A defesa de Braga diz estar convicta da inocência do seu cliente e de que ele não causou as mortes e os ferimentos como foi relatado na denúncia. O advogado Jader Marques diz que a expectativa é de um júri tranquilo.:
— Vamos mostrar tudo com clareza aos jurados.
Para isso, Marques informa que apresentará uma reconstituição dos fatos em 3D, inclusive com uma maquete da ponte onde houve o acidente.