Cancelada devido a pandemia do coronavírus, a tradicional procissão dos motociclistas não deveria ocorrer nesta segunda-feira (12). No entanto, desde as primeiras horas da manhã, grupos circulavam de moto pela área central de Porto Alegre.
A movimentação foi vista em avenidas como Nonoai, Ipiranga, Mauá e Edvaldo Pereira Paiva. Pouco antes das 8h, cerca de 200 motos se encontravam na Rótula das Cuias, local tradicional de início da procissão.
A Brigada Militar e a EPTC estavam nas proximidades e orientaram que não haveria o evento, dispersando o grupo. Eles tinham a intenção de fazer o trajeto de costume e seguir até o Porto Seco, na Zona Norte.
Mais cedo, perto das 7h, dois homens ficaram feridos ao cair de uma moto na Engenheiro Luiz Englert, próximo do Parque da Redenção. Eles fugiam da Brigada Militar. Nenhum deles era habilitado, estava usando capacete e o veículo estava sem placa e com o licenciamento vencido. Eles foram socorridos pelo Samu.
Várias barreiras foram montadas para abordar as motos. Algumas infrações foram flagradas, como a adulteração de placas, falta de uso de capacetes e motociclistas sem habilitação.
A EPTC ainda não tem um balanço de autuações. O diretor-presidente do órgão, Fábio Berwanger, afirmou em entrevista ao Gaúcha Atualidade que os agentes permanecerão nas ruas:
— A gente está com o efetivo fazendo esse acompanhamento. Na Rótula das Cuias chegamos a flagrar umas 200 motos. Mas há grupos menores espalhados pela cidade.
Esta seria a 46ª edição do evento que costuma reunir milhares de pessoas no feriado de Nossa Senhora Aparecida. Em 2019, foram mais de 20 mil motociclistas. A igreja Santa Cecília tem sido a responsável pela bênçãos.