Criada em 2012 pelo então governador Tarso Genro (PT), a Empresa Gaúcha de Rodovias (PGR) administra 14 praças de pedágio que eram controladas pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) e por concessionárias cujos contratos chegaram ao fim e não foram renovados.
De lá para cá, a pressão por melhorias estruturais cresceu tanto quanto as dificuldades da companhia para dar conta das reivindicações – entre elas, instalação de passarelas em diversos municípios, como Sapiranga, na RS-239. Embora a empresa opere no azul e venha registrando lucro, seus diretores argumentam que o dinheiro é insuficiente para atender à demanda crescente e, por isso, estudam a possibilidade de aumentar os valores cobrados nas praças de pedágio.
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A maior parte das verbas é usada para tapar buracos, manter a operação nas praças e bancar serviços terceirizados, como ambulâncias e guinchos. Confira abaixo as principais obras da atual gestão da EGR:
OBRAS EXECUTADAS OU EM ANDAMENTO
- Recuperação da RS-115, na Serra
Dois trechos entre Gramado e Três Coroas foram reconstruídos após rompimentos causados por temporal, em 2015. A recuperação foi finalizada em maio de 2016.
Custo total: R$ 14 milhões
- Travessia urbana em Santa Cruz do Sul
Construção de viaduto e duplicação de 4,1 quilômetros no trevo da cidade, na RS-287, começou em 2015 e deve ser concluída em dezembro deste ano.
Custo total: R$ 27 milhões (até agora, R$ 18 milhões)
- Novos trevos de acesso
Entre 2015 e 2016, foram concluídas novas interseções nos acessos aos seguintes municípios:
Encantado (RS-129): R$ 2,22 milhões
Boa Vista do Sul (RS-453): R$ 898,6 mil
Novo Cabrais (RS-287): R$ 810,8 mil
- Ciclovia em Rolante
Com 3,6 quilômetros, a via para ciclistas foi construída em 2015, na RS-239, e bancada com recursos do pedágio de Campo Bom.
Custo total: R$ 1,8 milhão
- Ponte em Candelária
Obra emergencial de construção de ponte na RS-287, entre Candelária e Novo Cabrais foi inaugurada no início de junho.
Custo total: R$ 706 mil
- Estabilização de encosta na RS-122
Obra com 150 metros de extensão e 20 metros de altura em São Sebastião do Caí para recompor encosta após fortes chuvas. Deve ser concluída até dezembro.
Custo total: R$ 3,3 milhões
- Sinalização
Projeto e implantação de revitalização de sinalização de toda a malha viária, em andamento na RS-115. Previsão de conclusão até 2018.
Custo total: R$ 20 milhões
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OBRAS POR FAZER
- Duplicações
A demanda inclui rodovias como: RS-115 (Taquara-Três Coroas), RS-287 (Tabaí-Paraíso do Sul) e RS-122 (Flores da Cunha-Caxias do Sul). Não há custo estimado.
- Restauração total da RS-287
Base estrutural da rodovia em um trecho de 150 quilômetros entre Tabaí e Paraíso do Sul precisa ser recuperada para reduzir gastos com manutenção. Custaria R$ 150 milhões.
- Instalação de passarelas
Municípios solicitam novas passarelas em áreas urbanas, entre eles Sapiranga (foto acima), Campo Bom e Parobé. Custo estimado: R$ 1 milhão por passarela.
- Ampliação de pista na RS-239
Em Taquara, a via necessita de mais uma pista em trecho de pelo menos dois quilômetros. O custo estimado pela EGR para a obra é de R$ 18 milhões.
- Restauração total da RS-135
A recuperação estrutural dos 78,3 quilômetros entre Passo Fundo e Erechim é considerada urgente pela EGR. Seriam necessários pelo menos R$ 55 milhões.