Foto: Diego Zanatta / Especial
Por volta das 5h45 desta sexta-feira, os funcionários da empresa VTC do consórcio STS decidiram, em assembleia no refeitório da empresa, que iriam voltar ao trabalho. No entando, em frente ao portão, um motorista da Carris impediu a saída dizendo que só sairiam se passassem por cima dele.
Em seguida, chegaram mais duas mulheres e se deitaram em frente ao portão enquanto funcionários da VTC tentaram convencer os grevistas a permitir a saída dos ônibus. Ouve bate-boca e troca de acusações entre os rodoviários, mas nenhum ato de violência. Uma viatura da Brigada Militar que estava próxima da empresa deixou o local logo em seguida sem agir.
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Segundo a diretora da VTC, Tula Vardaramatos, normalmente saem 115 ônibus da empresa pela manhã. Hoje, pelo menos quatro sairam pelo portão lateral, mas foram chamados de volta por medo de depredações. Por volta das 7h50, 12 ônibus conseguiram deixar a garagem
- Tem um piquete com outras pessoas que não são da empresa. O nosso pessoal chegou num consenso. Os policiais não conversam, não liberam e não dão direito ao trabalhador de sair - reclama a diretora.
Segundo o cobrador Carlos Muller, os funcionários decidiram que querem trabalhar porque estão com medo de não receber os próximos vencimentos. O próximo é o adiantamento quinzenal. Ele afirma que a empresa foi amigável nas conversações.
- Se trabalhar ou não, a justiça que vai julgar o dissídio - disse o funcionário.
De acordo com Adailson Rodrigues da Comissão de Greve, ontem o dissídio foi ajuizado e a Comissão fez uma proposta de colocar 30% da frota nas ruas o dia inteiro ou 60% nos horários de pico. Conforme ele, a juiza ficou de dar a resposta sobre a medida hoje.
Ele voltou a reportar que os funcionários estão sendo coagidos pelos patrões a retornar ao trabalho:
- Estamos esperando que a justiça coloque a greve na legalidade para atender a necessidade da população. Eles (os rodovários) estão sendo praticamente obrigados pelo patrão a trabalhar.
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