O Sol atingiu seu nível máximo de atividades dentro do seu ciclo, que muda em média a cada 11 anos. É o que indica a Agência Espacial Norte Americana (Nasa), acrescentando que o pico de operações solares deve se estender até 2025 e pode resultar em diferentes fenômenos, como auroras boreais, e afetar o clima espacial.
O ciclo solar é natural, ele marca a transição de atividades magnéticas pelas quais o Sol passa durante um período de 11 anos. Em seu auge, os polos magnéticos do Sol são invertidos e a estrela fica em um estado "ativo e tempestuoso", explica a Nasa. "Na Terra, seria como se os polos Norte e Sul trocassem de lugar a cada década", exemplifica a agência.
Para medir e estabelecer o auge do ciclo solar, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) da Nasa rastreia regularmente as manchas aparentes no Sol.
— Durante o máximo solar, o número de manchas solares e, portanto, a quantidade de atividade solar aumentam. Esse aumento na atividade fornece uma oportunidade emocionante para aprender sobre nossa estrela mais próxima — Jamie Favors, diretor do Programa de Clima Espacial da Nasa.
O fenômeno também pode impactar a vida na Terra, com a ejeção de massa coronal (EMC) que pode afetar campos energéticos. "Pode afetar satélites e astronautas no espaço, bem como sistemas de comunicação e navegação, como frequências de rádio e GPS, e redes elétricas na Terra".
Resultado deste aumento de atividade, em 10 de outubro uma tempestade solar com erupções na superfície do Sol foi notificada pela Nasa.
Até 2025
Conforme a Nasa, o Sol está em seu auge magnético desde 2022 e deve seguir até 2025. Apesar disso, não é possível detectar o exato período ou mês em que as atividades solares estarão mais intensas.
— Atualmente, estamos há cerca de dois anos no período máximo, portanto, prevemos mais um ano ou mais de fase máxima antes de realmente entrarmos na fase de declínio, o que nos levará de volta ao mínimo solar — disse Lisa Upton, co-presidente do Painel de Previsão do Ciclo Solar e cientista-chefe do Southwest Research Institute em San Antônio, Texas.