A Estação Espacial Internacional (ISS) se prepara para ser trazida à Terra a partir de 2026. Seguindo uma trajetória planejada para encerrar em 2031, seus destroços irão cair no oceano e em áreas pouco habitadas, juntamente com um veículo que será criado pela SpaceX. Em 36 anos de existência e 250 visitantes de 20 países, o local manteve pesquisas em ciência da terra e do espaço, biologia, fisiologia humana, tecnologia, além da divulgação de imagens importantes e colaboração entre nações.
A Agência Espacial dos EUA (Nasa) entendeu como um ato impraticável levá-la a uma órbita mais alta, em função da necessidade de muitas espaçonaves para empurrá-la a uma altitude considerada segura. Isso considerando as 400 toneladas, 16 módulos, painéis solares em uma armação metálica com radiadores para tirar o calor dos seus 109 metros de comprimento, conforme a publicação da BBC. A ISS orbita a Terra desde o início de sua construção, em 1988.
A partir de 2026, o arrasto atmosférico vai permitir que a queda aconteça de forma natural dos atuais 400 quilômetros para 320 quilômetros até a metade de 2030.
O próximo passo ainda será discutido, porém a principal possibilidade é de que a última tripulação vá ao local para retirar objetos e equipamentos com valor histórico, deixando a Estação Espacial Internacional mais leve e pronta para a próxima fase.
O arrasto da atmosfera irá provocar por meses nova descida da estação até os 280 quilômetros de altura, ponto considerado de não retorno à órbita.
Recentemente, a Space X foi anunciada como responsável pela criação do veículo que irá impulsionar a estação espacial para desintegração quando chegar à atmosfera, em área pouco habitada e com poucos animais. A agência espacial vai desembolsar USS 843 milhões pela propriedade e operação da nave que também se autodestruirá durante a reinserção da estação no planeta.
A ISS é uma conquista da colaboração global, principalmente entre os Estados Unidos e a Rússia, que firmaram sua parceria pouco depois da queda da União Soviética. Agora, Estados Unidos, Japão, Canadá e os países participantes da Agência Espacial Europeia se comprometeram com as operações da estação até 2030. Já a Rússia firmou compromisso até 2028, conforme publicação da Nasa.