Nesta segunda-feira (8), na América do Norte, será possível acompanhar um eclipse solar total. O fenômeno, considerado raro, não acontece desde 2017 nos Estados Unidos e desde 1994 no Brasil. Para aqueles que não estão na trajetória do eclipse, a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) transmitirá o evento astronômico via redes sociais e canais oficiais na tarde desta segunda.
— Um eclipse solar total ocorre quando a Lua passa diretamente entre a Terra e o Sol, bloqueando completamente o disco solar e projetando uma sombra na Terra. Isso ocorre porque a Lua é aproximadamente do mesmo tamanho angular que o Sol quando vista da Terra, permitindo que ela bloqueie completamente a luz solar durante um eclipse — explica o astrônomo fundador do Observatório Astronômico Rei do Universo (Oaru), em Manaus, Geovandro Nobre.
A fase total do eclipse desta segunda-feira poderá ser vista apenas por uma estreita faixa de cerca de 200km de largura. Primeiramente entrando pelo México, depois Estados Unidos, e finalmente pelo extremo leste do Canadá. A previsão é que o evento comece às 15h07min (no horário de Brasília) e faça um percurso de aproximadamente 1h40min pelo continente norte-americano.
Em outras regiões, como em parte da Europa, será possível ver um eclipse solar parcial. Ou seja, apenas uma parte do Sol ficará encoberta pela Lua, com parte da luz solar ainda visível. Segundo Nobre, na América do Sul a porção mais ao norte da Colômbia conseguirá ver uma minúscula parte do Sol sendo encoberta.
— Os eclipses solares totais são eventos astronômicos relativamente raros, se considerarmos todo o planeta, ocorrendo em média uma vez a cada 18 meses. Mas são extremamente raros em relação a uma mesma região da Terra, visto que requerem uma combinação precisa de alinhamento entre o Sol, a Terra e a Lua — garante o astrônomo.
*Produção: Yasmim Girardi