Depois de tanto falar em Inteligência Artificial - e escrevo por gosto em letras iniciais maiúsculas -, algumas pessoas querem a minha opinião sobre esse nome próprio tão falado hoje em dia. No SxSw que acontece todo ano em Austin, Texas, EUA, a edição desse ano exauriu o assunto.
Apaixonados por ela. Apaixonados por não gostarem dela. Todos falaram. Mas dos apaixonados não peguemos opiniões. Elas já nascem tortas. Vamos no caminho do meio. Não em cima do muro. O outro caminho.
E nele, assisti uma opinião equilibrada. E de um craque da moda atual: Olivier Rousteing, estilista que toca a marca de luxo Balmain. Convidado pelo festival, depois de um bate-papo sobre a vida passada, o poder de criação, o manter um marca desse tamanho viva, alguém da plateia faz a pergunta.
— Você vai usar Inteligência Artificial nas suas próximas coleções? Já usou em alguma? — ele silenciou e, depois de alguns segundos, falou em tom de voz confidencial:
— Confessarei. Coloquei todos os meus trabalhos em um software de IA. Para ele me entender. E ele criou uma coleção inteira para mim. Porém, tenho certeza que minha equipe e eu podemos criar algo bem melhor.
Foi aplaudido fortemente. Bem forte. Por todos. O que deixa claro que a nossa batalha contra as máquinas começou. Por enquanto, está dando nós…