De repente, no apagar das luzes da minha estada em Austin para o Sxsw, uma ideia apresentada aqui muda a percepção de como entender essa relação humanos vs. inteligência artificial, o assunto mais pop dessa edição do evento do Texas, EUA.
Antes de nos preocuparmos com as máquinas nos comandando num futuro que hoje pode ser distópico, há um outro grande problema. A taxa de confiança de humanos em humanos.
Nunca se confiou tão pouco — pelo menos desde quando começamos a observar e estudar isso — em outra pessoa. Pesquisas apontam queda nesse quesito.
As razões são muitas. Nunca se leu tanta notícia. E, geralmente, notícias são ruins. Crimes, falta de caráter e pecados de seres humanos contra eles mesmos.
As redes nos colocam a todo instante na cabeça de quem seguimos. Sabemos tudo que outras pessoas pensam sobre todos os assuntos a todo momento. E isso nem sempre é legal. Porque o amigo pode pensar diferente, algo quase crime no mundo atual.
O que se propõe é inverter a lógica. Para não desconfiarmos do que máquinas absurdamente inteligentes podem fazer com a gente, elas e seus super “cérebros” artificiais, melhor, antes de tudo, voltar a confiar no vizinho, no tio, no colega de trabalho e no humaninho desconhecido mais próximo.
Só de pensar nessa tarefa dá vontade de inventar um humanoide lindo, que faça algumas coisas humanas interessantes e que esteja ali para o que der vier. Mas, claro, desde que ele concorde com tudo que penso. Não consigo confiar em quem discordo.