O Observatório Solar Dynamics, da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa), capturou no sábado (18) imagens do que pode ser o "tornado" mais alto do Sistema Solar. O fenômeno, que neste caso chegou a atingir o polo norte do Sol, ocorre toda vez que os campos magnéticos se contorcem em uma espiral e ejetam nuvens de plasma.
Desde a semana passada, a Nasa já vinha monitorando a situação e observou que depois de três dias, no sábado, o "tornado" atingiu a altura de 120 mil quilômetros, o que, para efeitos de comparação, corresponde a altura de 14 planetas semelhantes à Terra.
Momentos depois de atingir sua altura máxima, o tornado desmoronou e se converteu em uma nuvem de gás magnetizado. Além disso, conforme informações do site de monitoramento Space Weather, esse colapso teria ocasionado a ejeção de material da atmosfera do Sol para o espaço circundante. No entanto, isso não causará nenhum impacto para a Terra.
Diversos especialistas da área espacial comentaram sobre o fenômeno nas redes sociais. O astrofotógrafo Andrew McCarthy compartilhou uma imagem do tornado e trouxe informações sobre o evento astronômico. "Há um "tornado" na superfície do Sol agora. Vou passar o resto do dia assistindo para ver o que acontece. Isso sempre resulta em timelapses fascinantes. Meu melhor palpite é que ele tem mais de 100 mil milhas de altura (160.934 mil quilômetros). Vou medi-lo com mais precisão em um próximo post", escreveu o especialista em um tweet.
McCarthy também tranquilizou seus seguidores de que a ocorrência desse tornado é um evento comum e que ele não trará consequências para o planeta. "Caso precise ser dito: não, isso não vai acabar com a vida na Terra. Esta é uma proeminência solar e é uma ocorrência regular do Sol. Se eu visse algo que iria matar todos nós, eu avisaria (depois que eu terminasse de sujar as minhas calças)", brincou o astrofótografo, nas redes sociais.