Empresas do ramo da tecnologia criaram em 2012 um consórcio internacional chamado Fido (acrônimo para "rápida identificação online", na tradução em português), cujo objetivo é elaborar um sistema de autentificação para usuários da internet que não necessite de senha. Neste ano, instituições reconhecidas mundialmente, como Apple, Google e Microsoft, ingressaram no projeto e já estão trabalhando para desenvolver a ideia. Com informações do Estadão.
Segundo as empresas envolvidas no consórcio, o projeto elaborará um protocolo único de autentificação que reunirá todas as credenciais do usuário na internet sem a necessidade de criação de senhas. As gigantes da tecnologia ainda garantem que esse novo sistema continuará mantendo a proteção dos internautas no âmbito digital.
Ativo há uma década, o Fido já conseguiu grandes avanços e reconhecimento de empresas internacionais. Em maio desse ano, com o ingresso das novas integrantes, tanto a Apple quanto o Google anunciaram atualizações em seus sistemas que incentivam o abandono das senhas e a aderência do novo sistema.
Como será o novo sistema de autentificação
O novo processo de autentificação do usuário se baseia na criação de um protocolo — chamado de chave de acesso —, que pode ficar armazenado tanto em dispositivos físicos de segurança (como tokens de instituições bancárias) quanto em sistemas operacionais de celulares e tablets.
Tanto no processo de armazenamento físico quanto no digital, o protocolo funciona como uma chave-mestra, que reúne todas as credenciais do usuário. A diferença é que no caso de sistemas operacionais digitais, os leitores biométricos dos aparelhos (fazem a leitura do rosto, dedo, íris) servirão para validar a chave de acesso.
Segurança e facilidade
Todo sistema do Fido conta com criptografia e os dados são armazenados localmente no aparelho. Com isso, as chaves de acesso são embaralhadas e só podem ser visualizadas nos aparelhos de segurança dos próprios usuários.
A proposta do projeto é que tanto a biometria quanto aplicativos geradores de senha funcionem como um único sistema. Enquanto o recurso biométrico será utilizado para autentificar o usuário, a senha aleatória criptografada será gerada pelo sistema, o que fará com que todo o processo se torne mais dinâmico e fluido.
O Fido também será uma alternativa para que o internauta possa evitar a autentificação em dois fatores. O novo recurso complementará automaticamente a informação de login, não trazendo, com isso, uma nova etapa de verificação, como envio de código por ligação, e-mail ou SMS, como ocorria em sistemas antigos.