O telescópio James Webb capturou imagens da explosão de uma nave com um asteroide, realizada no objetivo de mudar a trajetória do corpo celeste, evento ocorrido na segunda-feira (26). O impacto também foi registrado pelo telescópio Hubble.
É a primeira vez que ambos os equipamentos apontaram suas câmeras para a mesma direção, com o mesmo objetivo, em um momento exato: capturar o teste da missão DART (em inglês: "Teste de Redirecionamento de Duplo Asteroide"), da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa), que busca mecanismos eficazes de defesa contra ameaças à Terra.
O responsável pela Nasa, Bill Nelson, exalta o trabalho do Webb e do Hubble em conjunto:
— O Webb e o Hubble mostram o que sempre soubemos ser verdade na Nasa: aprendemos mais quando trabalhamos juntos — afirmou o especialista.
Com o trabalho em dobro dos observatórios, os cientistas conseguem obter conhecimento sobre a natureza da superfície de Dimorphos — um dos asteroides atingidos pela nave. Além disso, os equipamentos puderam capturar a colisão em diferentes espectros de onda de luz: o Webb através de infravermelho, e Hubble em espelhos refletores visíveis.
A observação do impacto em uma ampla gama de comprimento de onda revela os tamanhos das partículas de nuvem de poeira, que se expandiram após a nave atingir os asteroides, segundo a Nasa. Ou então, mensuram se a distribuição foi em pedaços maiores.
O registro do James Webb
Antes que a colisão ocorresse, o Webb fez uma observação do local do impacto. O sistema de capturamento através da Near-Infrared Camera (Câmera de aproximação com infravermelho) do observatório, registrou um núcleo compacto de uma espécia de "manchas" saindo do centro do local em que a explosão aconteceu.
O registro do Hubble
As imagens capturados pelo Hubble mostram o movimento do material que se espalha após o impacto realizado propositalmente pela missão DART. A sonda fez observações do sistema antes da colisão, e novamente 15 minutos após a nave atingir a superfície de Dimorphos.