Cientistas do Centro Europeu para Pesquisa Nuclear (CERN) descobriram recentemente três novas partículas subatômicas. A identificação delas se deu enquanto os pesquisadores trabalhavam com o Grande Colisor de Hádrons (LHC, em inglês), máquina que foi responsável por encontrar a partícula do bóson de Higgs. As informações são da Folha de S.Paulo.
De acordo com os pesquisadores do CERN, eles descobriram um novo tipo de pentaquark e o primeiro par de tetraquarks. Com isso, foram adicionados três novos hádrons à lista dos já encontrados pelo centro.
Para os cientistas, a identificação das novas partículas possibilitará entender melhor o comportamento dos quarks e como eles se unem em partículas compostas.
Segundo os físicos do centro, os quarks podem ser definidos como partículas elementares que geralmente se combinam em grupos de dois e três para a formação de hádrons, como os prótons e nêutrons que compõem o núcleo atômico. Em casos mais raros, pode haver a combinação em partículas de quatro e cinco quarks, gerando os tetraquarks e os pentaquarks, respectivamente.
A máquina
O Grande Colisor de Hádrons (LHC) é uma máquina de 27 quilômetros de comprimento que faz parte do Centro Europeu para Pesquisa Nuclear, localizado na fronteira franco-suíça, próximo de Genebra. As informações são da BBC Brasil.
O equipamento foi criado para estudar a matéria escura, de natureza desconhecida, que faz parte de três quartos do universo. A máquina é conhecida como o "acelerador de partículas mais poderoso".
A tecnologia funciona da seguinte forma: seus dois feixes de prótons (presentes no núcleo atômico) são acelerados a uma velocidade próxima à da luz e circulam em direções opostas no anel de 27 quilômetros. Com a colisão dos prótons, são produzidas partículas efêmeras que podem explicar o funcionamento da matéria e a origem do universo.
Há 10 anos, o LHC foi responsável pela descoberta do bóson de Higgs, partícula subatômica responsável por atribuir massa a outras partículas elementares e por mediar a interação entre prótons, quarks e elétrons com o campo de Higgs (surgiu após o resfriamento do universo e permeia todo espaço).
A tecnologia começou a ser construída em 1998, mas só ficou pronta em 2010. Em abril desse ano, o LHC voltou a operar após uma paralisação técnica de três anos para manutenção e melhoria de sua produção e detecção de partículas.
Na terça-feira (5), o equipamento passou a operar em sua potência total de colisão de 13,6 trilhões de elétrons-volts, a qual permanecerá durante quatro anos.