A Nasa anunciou recentemente que desenvolveu um nanossatélite que será capaz de prever erupções vulcânicas enquanto orbita a Terra a 840 quilômetros de altitude. A tecnologia chegou à Estação Espacial Internacional (ISS) nesta segunda-feira (21) e tem previsão de lançamento para maio.
O nanossatélite, chamado de Nacho, é composto por uma câmera hiperespectral, que será capaz de mapear o solo terrestre em busca de gases associados a atividades vulcânicas. A longo prazo, a tecnologia também colaborará no monitoramento das emissões de gases do efeito estufa (GEE), como o dióxido de nitrogênio, associado à queima de combustíveis fósseis.
De acordo com a agência espacial, o pequeno satélite pode ser o primeiro passo para o estabelecimento de futuros sistemas de observação da Terra capazes de acompanhar as mudanças na qualidade do ar de cidades ou usinas de energia.
Quando for lançado, Nacho observará de sua órbita gases em áreas muito pequenas — o equivalente a 0,4 quilômetro quadrado. Com isso, ele se tornará o menor instrumento com a maior resolução dedicado à procura de gases vulcânicos, como dióxido de enxofre e dióxido azoto.
O satélite
A tecnologia conta com algoritmos que reduzem suas transmissões de dados e, com isso, diminui o tempo necessário para enviá-los de volta à Terra. A partir disso, a inteligência artificial do satélite ajudará a alertar e antecipar a ocorrência de erupções vulcânicas de forma muito rápida.
O nanossatélite, de seis quilos e 300 centímetros cúbicos, foi desenvolvido para trabalhar por um ano após sua implementação, que ocorrerá em maio. A Nasa planeja lançar outro satélite, ainda este ano, como parte do programa de testes do Departamento de Defesa Espacial dos Estados Unidos.