O satélite brasileiro NanoSatC-BR2, desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), teve seu lançamento reprogramado. Segundo o comunicado oficial da Corporação Estatal de Atividades Espaciais Roscosmos, foi identificada uma falha técnica nos testes do foguete russo Soyuz-2 do Cosmódromo de Baikonur na manhã de sábado (20) e, com isso, o satélite teve sua saída adiada para a madrugada desta segunda-feira (22), às 3h07min, no horário de Brasília.
A informação foi confirmada em comunicado do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pela própria UFSM, que desenvolveu o NanoSatC-BR2 em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB).
"Lembrando que esta data e horário podem mudar caso novas anomalias sejam detectadas nos novos testes que serão realizados. Segurança em primeiro lugar sempre", reforçou a nota emitida pelo Inpe.
Segundo a agência de notícias AFP, o chefe da Agência Espacial Russa disse que o adiamento foi devido a uma "sobretensão" detectada antes do lançamento.
O nanossatélite de apenas 22 centímetros e menos de dois quilos vai ser lançado na órbita baixa terrestre, a cerca de 600 quilômetros da superfície do planeta. A intenção é monitorar, em tempo real, as influências de partículas magnéticas emitidas pelo Sol sobre o território brasileiro.
Além do NanoSatC-BR2, outros 36 satélites de 18 países serão colocados em órbita pela Roscosmos, que tem sua estação no Cazaquistão. O custo estimado do nanossatélite brasileiro é de cerca de R$ 3 milhões.