O canadense-americano James Peebles e os suíços Michel Mayor e Didier Queloz foram anunciados, na manhã desta terça-feira (8), como ganhadores do Prêmio Nobel de Física de 2019. Eles foram agraciados em razão de trabalhos na área da cosmologia.
Mayor e Queloz foram agraciados pela primeira descoberta de um exoplaneta, o 51 Pegasi b, anunciado em 1995. Mas o que é um exoplaneta?
É um planeta que orbita qualquer estrela que não seja o Sol. Ou seja, é qualquer planeta situado fora do nosso Sistema Solar. Depois do achado de Mayor e Queloz, já foram detectados mais de 4 mil de exoplanetas, em quase 3 mil sistemas diferentes, informa site da Nasa.
Exoplanetas habitáveis
Dentre os exoplanetas, existem ainda os "habitáveis". É um planeta que apresenta condições para o surgimento ou a manutenção da vida. A estimativa é de que possam existir 10 bilhões de planetas assim. O fato de que um planeta seja considerado habitável não significa que ele tem vida ou vá desenvolvê-las, mas sim que apresenta as condições consideradas necessárias para que ela exista.
Há uma série de critérios que costumam ser levados em conta, como a similaridade com a Terra (o que leva em consideração fatores como o tamanho e temperatura na superfície), a aptidão para desenvolver vegetação, a distância até a estrela que orbita, a composição química e a atmosfera.
De acordo como o Laboratório de Habitabilidade Planetária, sediado na Universidade de Porto Rico, conhecem-se hoje 55 exoplanetas potencialmente habitáveis, 22 deles mais ou menos do tamanho da Terra, 32 consideravelmente maiores e um consideravelmente menor. Em uma classificação mais conservadora, o laboratório selecionou 14 dos 55, por casa da maior probabilidade de composição rochosa, água líquida na superfície e zona em que orbita sua estrela.
51 Pegasi b
O primeiro exoplaneta descoberto era um gigante gasoso quente que se estima ter a metade do tamanho de Júpiter. Ele atraiu tanto a sua estrela-mãe em uma órbita de quatro dias que a oscilação da estrela era óbvia para os telescópios terrestres – uma vez que os astrônomos sabiam o que procurar.
Encontrar esse "gigante veloz",deu início ao que poderia ser chamado de período “clássico” da caça a planetas. A técnica inicial de rastrear estrelas oscilantes revelou um planeta após o outro, muitos deles grandes "Júpiteres quentes" com órbitas tensas e cheias de bolhas, diz a Nasa.