Nas redes sociais, os responsáveis pelo aplicativo de mensagens instantâneas Telegram lançaram um desafio na tarde desta quinta-feira (13): pediram para invadir uma conta protegida com a verificação em duas etapas, para comprovar que é possível hackear o aplicativo.
A verificação em duas etapas é um sistema que obriga usuários a confirmar o seu login em um aplicativo, usando não apenas a senha, mas também uma notificação no celular, um código SMS ou uma outra chave de criptografia.
"Se alguém lhe disser que pode invadir contas do Telegram protegidas com a Verificação em Duas Etapas, peça que eles mudem o GIF presente neste canal. A conta que controla esse canal tem a Verificação em Duas Etapas ativada, mas quem quer que seja capaz de "quebrá-la" não deve ter problemas para postar um novo GIF", afirma o aplicativo.
Desde o domingo (9), quando o site The Intercept Brasil vazou conversas entre o ex-juiz e atual ministro da Justiça Sergio Moro com o procurador da República Deltan Dallagnol, membros do Ministério Público Federal (MPF), do poder Judiciário, parlamentares e jornalistas alegaram que tiveram informações roubadas de dentro do aplicativo.
O grupo do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) no Telegram foi invadido na noite de terça-feira (11). Segundo publicou a colunista Bela Megale, do jornal O Globo, mensagens que supostamente seriam do procurador militar Marcelo Weitzel Rabello de Souza foram publicadas no grupo e despertaram a desconfiança dos colegas.