Quatro pessoas permanecem hospitalizadas após o ataque a tiros ocorrido no começo da semana passada em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos.
Baleado na cabeça, o policial militar João Paulo Farias Oliveira, 26 anos, continua em recuperação em hospital de Novo Hamburgo.
Além dele, a mãe do atirador, Cleris Crippa, e a cunhada dele, Priscilla Martins, seguem no Hospital Centenário, em São Leopoldo. De acordo com a última atualização, Priscilla segue estável na UTI, e Cleris teve que retornar para o bloco cirúrgico por conta de uma complicação na região do abdômen, e segue na UTI em estado grave.
O guarda municipal Volmir de Souza, de 54 anos teve alta da UTI nesta terça (29), e está em recuperação em um quarto do Hospital Unimed.
Os policiais militares Eduardo de Brida Geiger, Leonardo Valadão Alves, Felipe Costa Santos Rocha e Joseane Muller, feridos no ataque, já receberam alta.
Vítimas
Quatro pessoas morreram no ataque a tiros cometido por Edson Fernando Crippa, 45 anos, que foi encontrado sem vida pela polícia, dentro de casa.
Foram vítimas dos tiros de Edson o policial militar Éverton Kirsch Júnior e Rodrigo Weber Volz, ambos de 31 anos, o pai do atirador, Eugênio Crippa, 74, e o irmão dele, Everton Crippa, 49.
Ataque em Novo Hamburgo
Edson morava com os pais no bairro Ouro Branco. Na noite de terça-feira (22), o irmão dele e a cunhada foram até a casa onde os três viviam.
Após um desentendimento, o pai, Eugênio, chamou a Brigada Militar por volta de 22h. Ele e a mulher relataram ter sofrido maus-tratos do filho.
Ao ver os policiais na casa, por volta de 23h, Edson efetuou cerca de 300 disparos de pistola calibre 9mm e 380. Os tiros atingiram pelo menos nove pessoas, entre familiares, agentes da BM e da Guarda Municipal. O atirador, que possuía esquizofrenia, tinha licença para portar duas das quatro armas encontradas no local e utilizadas no crime.
A troca de tiros com os agentes se estendeu durante a madrugada da quarta-feira (23). Houve pelo menos dois momentos de confronto. Ele permaneceu dentro de casa por cerca de nove horas sob cerco da polícia.
Por volta de 8h30min de quarta, os policiais militares entraram na casa e constataram a morte do atirador, colocando fim ao caso que chocou a cidade do Vale do Sinos. Conforme a BM, Edson foi morto em algum dos confrontos travados com as forças de segurança.