O Tribunal do Júri de Novo Hamburgo condenou a viúva de Ezequiel Freire dos Santos, sargento da reserva da Brigada Militar morto em 2019, a 21 anos e quatro meses de prisão em regime inicial fechado. Ela foi denunciada como mandante do crime. A sentença foi proferida no fim da noite de sexta-feira (16).
Outras três pessoas foram condenadas pela morte de Ezequiel: uma mulher de 84 anos, acusada de recrutar o executor dos disparos que mataram o policial, teve pena de 17 anos em regime inicial fechado. A idosa responde ainda por posse irregular de arma de fogo de uso permitido, pelo que também foi condenada. O quinto réu, marido da idosa, morreu no decorrer do processo criminal.
O filho da idosa, também acusado de ajudar a recrutar o executor, foi condenado a 13 anos e quatro meses de prisão em regime inicial fechado. Já o executor dos disparos teve pena decretada em 15 anos de prisão.
Ezequiel foi morto a tiros no dia 10 de dezembro de 2019, na reciclagem da qual era dono, às margens da BR-116. Imagens de segurança do local mostram um homem disparando contra o policial. À polícia, Ricardo de Melo, identificado como o criminoso, confessou ser o autor da execução. Ele apontou Evandra Palmira de Oliveira, que mantinha relacionamento com o policial, como uma das pessoas que teria arquitetado e ordenado a morte.
O Ministério Público (MP) acusou a viúva de ter planejado a execução e de ter pedido ajuda a uma amiga e o marido dela. O casal, junto com o filho, teria contratado o executor dos disparos com promessa de recompensa financeira pelo homicídio. A acusação relata que, no dia do crime, o filho desse casal levou o executor na reciclagem e lá foram disparados os tiros que mataram o policial. Conforme o MP, o motivo para o crime seria o descontentamento da viúva com o fato de que a vítima queria separar-se dela.