O Instituto Geral de Perícias (IGP) informou, na noite desta terça-feira (20), que o resultado do laudo toxicológico de Kerollyn Souza Ferreira será divulgado em coletiva de imprensa marcada para as 10h desta quarta-feira (21). A menina de nove anos foi encontrada morta dentro de um contêiner de lixo em Guaíba, no começo de agosto.
O resultado do exame vai indicar se a criança morreu pela ingestão de medicamento ou não. A tese apontada pela investigação da Polícia Civil é de que Kerollyn teria morrido devido à ingestão de um sedativo — clonazepam — administrado pela própria mãe, Carla Carolina Abreu Souza, 29 anos. Ela está presa temporariamente, investigada por suspeita de homicídio.
No início da tarde desta terça, o IGP havia informado que a previsão para conclusão do laudo era até o fim da semana.
O exame pericial, realizado no dia em que o corpo foi encontrado, não apontou sinais de lesões externas e aparentes de violência. A morte por hipotermia também foi descartada. O óbito por causa natural ainda pode ser considerado, caso o exame não confirme ingestão de remédio.
Em depoimento à polícia, Carla narrou que na noite da quinta-feira (8), administrou dois medicamentos na filha. Um deles, que já era usado pela menina, e outro um sedativo, para o qual não havia prescrição para a criança. Depois disso, segundo a mãe, a família teria ido dormir. A mulher alegou que só percebeu o sumiço de Kerollyn na manhã seguinte, mas que seguiu dormindo.
Carla foi despertada pelos policiais, logo após as 7h. O corpo de Kerollyn havia sido encontrado pouco antes, dentro de contêiner de lixo, que fica perto da casa onde a família vivia. Além da morte da criança, a polícia ainda precisa esclarecer como o corpo da menina foi parar dentro da lixeira.