Lucas Brum Irace, apontado como líder da quadrilha El Patron, que atua com lavagem de dinheiro do tráfico de drogas por meio de uma rede de barbearias foi preso no último domingo (17) por agentes do Denarc com apoio da Delegacia de Repressão a Entorpecentes do Rio. Ele se preparava para almoçar em uma lanchonete na Barra da Tijuca, perto do apartamento em que vivia quando foi abordado.
Conforme a apuração, o criminoso tinha renda mensal entre R$ 50 e R$ 100 mil. O foragido estava desarmado no momento da abordagem e acompanhado por uma mulher, que havia saído do apartamento com ele. Depois da prisão, os policiais revistaram o imóvel.
Irace tem condenação por roubo, receptação e posse irregular de arma, e antecedentes policiais por roubo com lesões, homicídio, perturbação da tranquilidade, porte ilegal de arma, ameaça, dano e estelionato. Enquanto respondia ao processo criminal, foi beneficiado com prisão domiciliar. Fugiu um dia depois de a sentença ser dada com determinação de que fosse recolhido ao regime fechado.
Outro suspeito, Erick Berkai Fernandes também foi capturado no Rio. Policiais monitoraram ele ao longo da semana, enquanto trabalhava em uma filial da El Cartel Fernandes, situada na Rua Barata Ribeiro, em Copacabana.
A rede tem ao menos sete lojas em Porto Alegre e uma no Rio. Na noite de quarta-feira (20), Erick foi preso na frente da barbearia.
— Esse é um trabalho fruto de uma investigação muito técnica que seguiu de forma detalhada o rastro do dinheiro ilícito, possibilitando responsabilizar criminalmente pessoas que se acham acima da lei — destacou o delegado Gabriel Borges, que conduziu a investigação pela 3ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico (3ª DIN).
Contraponto
O advogado Alencar Coletto Sortica, que defende Lucas Brum Irace, disse que vai se manifestar depois de ter conhecimento do teor da investigação.
O que diz o advogado Daniel Escalona Garcia, que defende os irmãos Erick e Allan Berkai Fernandes: ainda nao tive acesso ao expediente que motivou a operação. Mas até o momento, desde a ação do ano passado, não encontramos nenhuma prova material contundente. Erick foi preso trabalhando. Allan, em casa. São dois empresários trabalhadores.