Começa nesta quarta-feira (20), na 1ª Vara do Júri, o julgamento de três acusados de matar o jogador de futebol Wesley Sampaio, 19 anos, e a namorada Sara Moreira de Oliveira, 16, na Rua Dr. Carlos Barbosa, em Porto Alegre, em 2019. Wesley atuava na base do Esporte Clube São José e havia assinado contrato profissional.
Conforme a investigação, o casal voltava de uma festa na Cidade Baixa na carona de um veículo conduzido pelo homem que seria o alvo dos atiradores. Nas proximidades do Estádio Olímpico, o veículo foi interceptado pelos criminosos que atiraram diversas vezes. Wesley e Sara foram atingidos e não resistiram aos ferimentos. O motorista também foi baleado, mas sobreviveu. Havia outros dois ocupantes no carro, que conseguiram fugir sem ferimentos.
A acusação do Ministério Público é por homicídio qualificado — motivo torpe, perigo comum, emboscada e recurso que dificultou a defesa das vítimas. Os réus são Thiago Caetano Silva, Deivisson Murillo de Melo e Marcos Vinícius Rogoski da Costa, que foram presos em flagrante logo após o crime e seguem detidos preventivamente.
Sobre a motivação, foi apurado que os atiradores queriam se vingar do motorista do veículo, porque ele teria participado da morte de um comparsa.
O que dizem os réus
Em depoimento na Justiça, Thiago confessou que havia roubado o carro usado no crime para ir em uma festa com os outros dois réus, mas negou envolvimento no homicídio.
Deivisson e Marcos confessaram que atiraram contra o veículo das vítimas por uma desavença com o motorista, ocorrida ainda dentro da festa, mas alegaram que não sabiam da presença de Wesley e Sara no veículo. Também apontaram que Thiago apenas conduziu o veículo e não atirou.
As defesas pediram, no processo, a impronúncia dos réus — ou seja, que não fossem levados a júri — por ausência de indícios de prova. GZH tenta contato com os advogados.