Em entrevista na tarde desta sexta-feira (16) ao programa Gaúcha Mais, da Rádio Gaúcha, o Secretário da Segurança Pública do RS, Sandro Caron, comentou o aumento de 15% no número de homicídios em janeiro deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.
Contudo, Caron argumenta que as medidas de curto prazo já têm surtido efeito no RS. Segundo ele, os números da segunda quinzena de janeiro e da primeira quinzena de fevereiro já foram menores em relação ao mesmo período de 2023.
— Temos medidas para o curto prazo e também para o médio e longo prazo. Tivemos o ingresso de mais de mil integrantes da segurança pública. A reestruturação no sistema prisional, somada ao aumento do efetivo, nos trará resultados efetivos e duradouros — completou.
Conforme relatório divulgado pela Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-RS) na manhã de quinta-feira (15), os homicídios no RS aumentaram de 163 no período de 2023 para 187 no primeiro mês de 2024.
— Nossa linha de atuação visa impedir a ocorrência de homicídios, mas caso não consigamos, nossa abordagem é fornecer uma resposta rápida, como no caso de Pinhal, onde já temos um suspeito preso. Essa é uma resposta firme que precisa ser dada, pois não vamos tolerar impunidade — garantiu Caron.
De acordo com o secretário, o elevado número de homicídios no mês passado se deve à disputa pelo tráfico de drogas em diversas regiões do Estado.
— Em cada 10 homicídios, 8 ou 9 estão relacionados ao tráfico, mas isso não significa que todas as vítimas estejam envolvidas. Cada vida é importante — salientou.
Em relação aos números, o aumento foi significativo: foram 24 casos de homicídio a mais em janeiro deste ano no Estado. Segundo as forças de segurança, o crescimento foi registrado principalmente em três municípios gaúchos: Caxias do Sul, Passo Fundo e Pelotas. Segundo Caron, o município da Serra receberá uma atenção maior devido ao aumento nos indicadores de violência.
— Daremos atenção especial a Caxias, pois nas cidades mais populosas geralmente ocorrem os maiores números de homicídios. Devido ao tamanho da cidade, é naturalmente necessário prestar maior atenção — observou o secretário.