Após denúncia, a Polícia Civil prendeu preventivamente um homem de 55 anos, suspeito de estupro de vulnerável nesta segunda-feira (5). A investigação apontou que ele é companheiro da proprietária de uma creche que funciona de forma irregular no bairro Olaria, em Canoas, na Região Metropolitana. O nome do estabelecimento não foi divulgado.
O casal morava no local e cuidava de aproximadamente dez crianças, a maior parte filhos de vizinhos do estabelecimento. Os abusos teriam acontecido no interior na creche, e segundo a polícia, o caso foi descoberto após uma ocorrência registrada pelos pais de uma das vítimas, uma menina de 13 anos de idade. A irmã dela, de sete anos de idade, também teria sido abusada pelo suspeito.
A creche permanece em funcionamento, mesmo sem ter licença para funcionar neste modelo. Conforme a Polícia Civil, a Secretaria de Educação de Canoas foi notificada. À reportagem de GZH a pasta, encaminhou nota confirmando que o estabelecimento "não está credenciado junto ao Município", e que se trata de "uma creche irregular". A secretaria diz que fará nesta terça-feira (6) uma vistoria no local e acrescenta que não havia recebido nenhuma denúncia sobre a atividade clandestina (leia abaixo a íntegra da nota).
O homem foi encaminhado para a Penitenciária Estadual de Porto Alegre. A companheira dele não foi presa, mas será indiciada por estupro de vulnerável e omissão, pois segundo a Polícia Civil, sabia que o suspeito tinha antecedentes pelo mesmo crime.
A investigação seguirá buscando identificar outras possíveis vítimas. As identidades dos envolvidos não serão divulgadas, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Confira nota da Secretaria Municipal de Educação de Canoas
"A Secretaria Municipal de Educação de Canoas (SME) informa que o estabelecimento apontado em investigação da Polícia Civil não está credenciado junto ao Município, portanto, trata-se de uma creche irregular. Uma equipe da pasta acompanhará um fiscal ao endereço na manhã desta terça-feira (6), para investigar o local. Não houve o registro de nenhuma denúncia à SME sobre a atividade clandestina."
Produção: Maria Stolting