A Polícia Civil de Santa Catarina apontou que a perícia solicitada nos telefones de Eduarda Gorgik, 25 anos, e Sérgio de Souza Corrêa, 59, é peça-chave para a apuração para o entendimento sobre a motivação da morte do casal. A jovem e o homem, que mantinha concessionária de caminhões e era cantor em dupla sertaneja, viviam juntos e foram encontrados sem vida no domingo (14) em Itapema, em Santa Catarina.
— Estamos aguardando a confecção do laudo pericial. Sobretudo dos aparelhos celulares, pois possivelmente chegaremos à motivação do crime com a análise destes objetos — aponta o titular da Delegacia de Polícia de Itapema, delegado Ícaro Malveira.
O encontro dos corpos ocorreu no domingo à noite, depois que um funcionário da revenda de caminhões de Corrêa foi até a residência do patrão, que não respondia mensagens por aplicativo de comunicação. O funcionário teria acessado o apartamento pela sacada de um vizinho e achado o casal inerte com sinal de tiro, acionando as autoridades.
O apartamento onde morava o casal está localizado em área valorizada do centro do município litorâneo catarinense. Imóveis na região são anunciados por valores que vão de R$ 1,8 milhão até R$ 4,9 milhões, conforme apurou GZH.
O delegado responsável pela investigação destaca também ter solicitado exame pericial no revólver encontrado junto aos corpos. Malveira declara ainda que a tomada de depoimentos terá início a partir da quinta-feira (18). A suspeita é de que Sérgio tenha atirado em Eduarda, em seguida, tenha cometido suicídio.
— De acordo com o cenário do fato, estamos possivelmente diante de um caso de feminicídio seguido de suicídio — indica Malveira.
Imagens de monitoramento interno
A polícia catarinense também requisitou acesso a gravações do circuito interno de videomonitoramento do prédio. Em imagens registradas no sábado (13), às quais as autoridades tiveram acesso, Eduarda aparece saindo do apartamento, às 17h23min, e guardando algo no compartimento do hidrante localizado em uma parede do corredor, retornando ao interior do imóvel. A ação demora cerca de 15 segundos.
— Não sabemos ainda o motivo dos aparelhos celulares terem sido colocados no hidrante, mas certamente o laudo pericial e os depoimentos vão dirimir essa dúvida — pontua o delegado Ícaro Malveira.
À polícia, moradores do mesmo prédio relataram não ter percebido indicativos de briga no apartamento do casal, tampouco mencionaram ter ouvido estampidos de tiros. Câmera de monitoramento no corredor do andar teriam registrado as últimas imagens do casal com vida por volta das 16h30min de sábado.