O governo do Estado vai inaugurar na próxima segunda-feira (27) a Penitenciária Estadual de Charqueadas 2, estrutura que passa a integrar o complexo prisional da Região Carbonífera. Com 1.650 vagas, o novo prédio será ocupado a partir de janeiro de 2024.
As obras começaram em julho do ano passado. A estrutura está dividida em dois prédios, com quatro galerias contendo 24 celas cada. Em cada alojamento, poderão ser abrigados até oito presos. O investimento é de R$ 184 milhões, provenientes do programa Avançar do governo estadual.
A penitenciária foi construída com concreto de alto desempenho, constituído em blocos compostos por fibras de polipropileno, o que dá um aspecto menos denso e espesso ao material. A construção é da empresa Verdi, responsável pela execução de outras cadeias no Rio Grande do Sul.
Por ser modulada, ou seja, em dois pavimentos, a estrutura impossibilita contato entre presos e agentes penitenciários. Na parte de baixo, ficam as celas, enquanto na superior a estrutura de gestão e área de circulação dos agentes.
Sem contato entre servidores e detentos
Uma das principais inovações que integram a edificação da Penitenciária Estadual de Charqueadas 2 é o fato de que não haverá nenhuma rotina onde ocorra o contato direto entre detentos e servidores do sistema. Todos os ambientes são divididos em dois pavimentos. No andar térreo, ficam as instalações destinadas ao encarceramento e às rotinas de manutenção, atividades educacionais ou laborais, saúde e socialização.
No pavimento superior, funcionam as estruturas de gestão, administração e segurança. Os dois andares são separados por estruturas de grades metálicas. Do alto, os agentes podem vigiar e disciplinar toda a movimentação dos internos, em uma posição de vantagem para a observação e a tomada de decisão em casos de crise.
Por fim, as edificações estão cercadas por muralhas de mais de seis metros de altura, antepostas por cercas de arame com altura próxima a três metros e meio, com espiral de concertina em seu topo.
O conjunto de equipamentos de segurança ainda envolve scanners corporais, nos quais podem ser identificadas até mesmo calcificações ósseas de fraturas sofridas, equipamento de raio x e detectores de metais semelhantes aos existentes em bancos. Os ambientes para socialização e banho de sol também têm grades no teto.