Atualização: a mercadoria apreendida foi devolvida à empresa no dia 8 de dezembro. A restituição foi feita após pedido da defesa da empresa, que alega que os produtos tinham registro na Anvisa — a solicitação foi aceita pelo Judiciário.
A Polícia Civil apreendeu, nesta sexta-feira (27), 635.500 maços de cigarro sem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na Operação Congo. O mandado de busca e apreensão foi realizado em depósitos nas cidades de Porto Alegre, Cachoeirinha, Caxias do Sul e Santana do Livramento.
Dois homens, donos de dois dos depósitos, foram presos em Cachoeirinha. Segundo o diretor da Divisão de Investigação Criminal da Polícia Civíl do Rio Grande do Sul, o delegado Eibert Moreira Neto, o tamanho da carga apreendida surpreendeu.
— Sabíamos que iriamos encontrar uma boa quantidade, mas foi muito mais do que esperávamos — disse Neto.
A Operação Congo é um esforço da Polícia Civil para combater o comércio de cigarros se, registro, que, segundo o delegado, além de promover sérios riscos à saúde da população, movimenta o crime no Estado. Ele acrescenta que essa prática é muitas vezes subestimada por aparentar licitude.
— A venda desse produto gera alta lucratividade e acaba alimentando a macrocriminalidade. Esse lucro é usado para investir em outras práticas criminosas e fortalecer as grandes organizações criminosas — afirmou o delegado.
Segundo Neto, a quantidade apreendida totaliza cerca de R$ 3 milhões de prejuízo aos criminosos. A investigação acontecia há dois meses e já havia identificado alguns dos envolvidos. Agora, com a materialidade do crime, estes indivíduos serão indiciados no inquérito policial.
*Produção: Camila Mendes