A Polícia Civil prendeu em flagrante no Ceará, nesta quarta-feira (4), um homem de 21 anos que tinha fotografias e vídeos de pornografia infantil armazenadas no celular. Parte das imagens mostrava uma menina de 11 anos que mora em Uruguaiana, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. Foi por meio de denúncia da mãe dela que o caso foi descoberto.
De acordo com o delegado titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Uruguaiana, Matheus Antunes da Rosa, a mãe descobriu, há cerca de três meses, que a filha trocava mensagens com o suspeito por meio de redes sociais. Ela viu que a menina mandava fotos e vídeos íntimos a pedido dele. Por isso, procurou a DPCA.
— Eles conversaram por um mês antes do caso ser descoberto. Ele se aproximou dela pelo TikTok e, depois, migrou a conversa para o WhatsApp. Ele conquistou a confiança dela, dizia que amava ela e queria namorar com ela. Pedia as imagens, e ela, manipulada por ele, mandava — relata o delegado.
Após dois meses de investigação, a polícia descobriu que o homem residia em Crato, no Ceará. Foi pedido à Justiça que autorizasse o cumprimento de um mandado de busca e apreensão onde ele residia.
Com a ordem judicial autorizada, a Polícia Civil foi até o imóvel por volta das 8h desta quarta, onde apreendeu dois notebooks e o celular onde estavam as imagens. Por essa razão, ele foi preso e levado até uma delegacia de polícia antes de ir para uma casa prisional. Ele ainda deve prestar depoimento.
Conforme o delegado Matheus Antunes da Rosa, a polícia quer descobrir, agora, o que o homem fazia com as imagens. A suspeita é de que elas eram compartilhadas na internet, seja mediante pagamento ou para acessar grupos de pornografia infantil.
— Esse tipo de caso tem se tornado cada vez mais comum. Por isso, é importante que os pais e guardiões zelem por seus filhos ou crianças por quem têm responsabilidade — diz o delegado.
Saiba como denunciar casos de violência sexual contra crianças e adolescentes
- Polícia Militar — 190: quando a criança está correndo risco imediato
- Samu — 192: para pedidos de socorro urgentes
- Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres
- Qualquer delegacia de polícia
- Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa
- Conselho tutelar: todas as cidades possuem conselhos tutelares. São os conselheiros que vão até a casa denunciada e verificam o caso. Dependendo da situação, já podem chegar com apoio policial e pedir abertura de inquérito.
- Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia.
- WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008
- Ministério Público