Familiares de Celso Adão Portella informaram que a família está muito abalada com a notícia do suposto encontro do corpo do jornalista e advogado, em Aracaju, no Estado de Sergipe. Portella estava residindo distante de familiares desde 2001, quando se mudou do Rio Grande do Sul, passando pelo Espírito Santo e estabelecendo-se em Sergipe. De acordo com as autoridades daquele Estado, um corpo foi localizado em uma mala, dentro de um refrigerador e foi descoberto por um oficial de Justiça, designado para o cumprimento de uma ordem de despejo da casa onde Portella morava.
O distanciamento da família é um dos fatores pelos quais a ausência de Portella pode ter ficado despercebida nos últimos anos. A mulher de 37 anos, a qual está sendo investigada, alegou à Policia Civil de Aracaju que o cadáver estava sendo conservado por ela desde 2016. A investigada afirmou que ela teve um relacionamento afetivo com o gaúcho e que o encontrou sem vida na casa onde os dois conviveram e onde ela teria permanecido até o despejo e a revelação dos fatos.
Sem prestar declarações e sob pedido de reserva até a confirmação da identificação e das circunstâncias da morte de Portella, um familiar apenas comentou que espera compreender o ocorrido antes de se manifestar publicamente.
Quem foi Celso Adão Portella?
Natural de Ijuí, na região Noroeste do Rio Grande do Sul, Portella construiu a vida em Porto Alegre, onde se graduou em Direito e Jornalismo. Ele teve uma carreira ativa entre as décadas de 1970 e 1980, trabalhando em emissoras de rádio como Farroupilha e Gaúcha, além de exercer a advocacia com um escritório na capital gaúcha. O jornalista estaria com 80 anos de idade.
Conforme o jornalista Cláudio Moretto, que trabalhou por 35 anos na Rádio Gaúcha, Celso Portella era um ótimo locutor entre muitos profissionais que passaram pela emissora e compuseram as equipes de radiojornalismo.
— A gente conviveu no ambiente profissional por um período curto, mas lembro que era um locutor competente e, em virtude de seu conhecimento como advogado, auxiliava os colegas na interpretação de fatos envolvendo terminologias típicas das lides jurídicas — apontou Moretto.