Uma denúncia ao Comando Ambiental da Brigada Militar (CABM) levou à descoberta, no domingo (3), de uma rinha de galo na área rural de Capela de Santana, no Vale do Caí. Um familiar de uma das 19 pessoas que foram autuadas por crime ambiental decidiu revelar a prática criminosa.
Os policiais militares localizaram 57 aves — a maioria ferida — em um galpão onde eram realizadas as rinhas, os galos ficavam em gaiolas e recebiam tratamentos de urgência. Foram encontrados também vários medicamentos sem procedência, além de seringas, balanças de precisão, bicos de ferro para uso nas aves, bolsas de transporte e até um tambor usado nas brigas, que ocorriam em uma espécie de arena.
O tenente Luís Fernando da Silva, do CABM, diz que o familiar de um dos envolvidos com a briga de galos informou sobre a rinha na semana passada, ressaltando que a prática seria constante.
— Muitos deles (galos) tinham sinais de maus-tratos por terem feridas expostas. Alguns tinham metais presos aos corpos para que fossem usados nas lutas. Os galos de rinha são da raça Mura (galo índio) e boa parte estava dentro de gaiolas, apresentando esporas mutiladas, penas cortadas, sem acesso a água e comida. Foram localizados animais feridos que estavam também com esporas de plástico e metal presas com fitas isolantes — diz Silva.
Todos os 19 suspeitos flagrados assinaram termo circunstanciado e vão responder a processo por crime ambiental, sujeitos a pena de três meses a um ano de detenção, além de multa.
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A ação foi realizada pelo CABM de Montenegro em conjunto com o 25º Batalhão de Capela de Santana. Os animais foram encaminhados para tratamento. Os nomes dos autuados não foram divulgados.