Erbeth Santos, tricampeão mundial de jiu-jítsu, foi preso em flagrante na quinta-feira (24) em Boituva, no interior de São Paulo. Ele é suspeito de uma série de estupros e roubos em várias cidades de Mato Grosso do Sul. Além de Erberth, o também lutador André Pessoa foi detido por suposta participação nos crimes. As informações são do g1.
A polícia aponta os dois lutadores como suspeitos dos estupros de quatro mulheres. Aos policiais que os prenderam, eles teriam admitido os crimes. Foram apreendidos com eles 26 celulares e facas.
Emboscadas
Conforme a investigação da Polícia Civil, os suspeitos marcavam encontros com garotas de programa, as estupravam e roubavam as casas de prostituição.
— O crime ocorria por meio de uma emboscada. Os suspeitos chegavam e amarravam as vítimas nas casas de prostituição. Identificamos dois casos, um em Três Lagoas e outro em Campo Grande — detalhou a delegada Analu Ferras, que investiga o crime ocorrido na capital sul-mato-grossense.
A delegada Letícia Mobis, responsável pela Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) de Três Lagoas, explicou ainda que ambos entravam em contato com as garotas de programa por meio de aplicativo e marcavam um horário, como se fossem clientes usuais, mas ao chegarem ao local, as roubavam e estupravam.
Uma das ocorrências foi registrada por câmeras de vigilância em uma casa de prostituição situada em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. Os dois homens teriam estuprado uma mulher e depois a prendido, junto de outra, em um cômodo do estabelecimento. No vídeo, é possível ver que um dos criminosos, que a polícia diz ser Erberth, força a abertura de um cofre, de onde retira aproximadamente R$ 700.
A Polícia Civil de Três Lagoas abriu inquérito para investigar roubo e agressão sexual. As vítimas foram ouvidas e identificaram os suspeitos por meio de fotografias. Foram encontradas, também, impressões digitais deles nas cenas do crime, evidências que reforçaram o pedido de prisão preventiva deles, de acordo com as autoridades.
"Disseram que gostam de fazer isso"
Em entrevista ao G1, sem se identificar, uma das vítimas confirmou que os suspeitos a contataram para agendar um programa em Campo Grande. Quando a encontraram em uma casa de prostituição, eles anunciaram o assalto e a estupraram.
— Assim que chegaram, começaram a quebrar tudo e anunciaram que era um assalto. Me bateram, pediam para que eu olhasse para baixo. Pegaram nosso dinheiro, amarraram nossos braços e colocaram a gente em quartos separados — contou.
Após o incidente, as mulheres procuraram a Polícia Civil.
— Tivemos que tomar um coquetel de remédios, ficamos expostas a uma situação horrível. Foi muito desesperador, fiquei com medo deles matarem a gente. Não reagi. Os homens disseram que eles eram bandidos mesmo, que gostam de fazer isso, ficaram rindo da nossa cara, parece que estavam sentindo prazer no sofrimento da gente — completou.
Até esta publicação, não havia manifestação pública dos suspeitos, nem de responsáveis pela defesa deles. O G1 procurou representantes, mas não os localizou.