Morreu no sábado (22) o motorista de aplicativo baleado em agosto do ano passado, em um assalto em Novo Hamburgo. Enedir Wüst, 49 anos, foi atingido com um disparo na cabeça na ocasião e lutava contra sequelas desde então. Ele teve uma complicação durante procedimento e não resistiu. A informação foi confirmada pela 3ª Delegacia de Polícia do município do Vale do Sinos, responsável pela investigação do caso.
O assalto ocorreu na noite do dia 7 de agosto do ano passado, um domingo, na Rua São Jerônimo, no bairro Jardim Mauá. No ataque, dois criminosos que trafegavam em um Ka tentaram abordar a vítima, que dirigia um Onix branco, mas Wüst não parou o carro, segundo a polícia.
Os homens teriam emparelhado o carro com o veículo da vítima e disparado. Em seguida, o motorista bateu contra o muro de uma casa. Os criminosos ainda tentaram abrir a porta do Onix da vítima após a colisão, mas não conseguiram e fugiram. Nada foi levado.
Wüst não transportava passageiros no momento do crime. Ele foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado ao Hospital Municipal de Novo Hamburgo, em estado grave. Ficou internado por pelo menos 30 dias.
Wüst lutava contra sequelas deixadas pela ação, e passou por diferentes cirurgias decorrentes das lesões sofridas no crime, segundo a polícia. No sábado (22), ele não resistiu.
O homem, natural de Rolante, era formado em Administração. Ele atuava como motorista de aplicativo havia poucos meses, após ter deixado o trabalho anterior e enquanto não encontrava um novo emprego.
Criminosos presos
O caso foi investigado pela Polícia Civil, que indiciou dois homens por latrocínio (roubo com morte) tentado. Com a morte de Wüst, o crime deve ser entendido como consumado. O inquérito policial foi remetido ao Judiciário em setembro do ano passado. Depois, os dois homens foram denunciados, também por latrocínio tentado, pelo Ministério Público, em 26 de setembro do ano passado.
Os dois viraram réus. O processo está no Tribunal de Justiça do Estado (TJRS) após recurso do Ministério Público (MP), e aguarda decisão. O Poder Judiciário não informou mais detalhes porque o caso, que tramita em segredo de Justiça.
A dupla suspeita pelo assalto segue presa, segundo o delegado Alexandre Quintão, de Novo Hamburgo.