Um homem foi morto após reagir a uma abordagem da Polícia Civil e da Brigada Militar (BM) durante uma operação integrada realizada nesta quarta-feira (10) em Gravataí, na Região Metropolitana. O objetivo era encontrar armas de uma organização criminosa.
Segundo os policiais, o confronto teve início quando os agentes chegaram a um sítio no distrito de Morungava para cumprir mandados de busca e apreensão e foram recebidos a tiros. Ao revidar acabaram atingindo um suspeito de 43 anos, que morreu no local.
Segundo o delegado Rafael Liedtke, titular da 2ª Delegacia do Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc), além de responsável pelo terreno, ele era um dos alvos da ação e integrante de uma facção criminosa atuante na região.
— Ele é a liderança de uma organização criminosa que atua na zona norte de Porto Alegre. Descobrimos que ele vinha se escondendo nesse sítio e armazenando armas de fogo e drogas. Ele não reagiu bem a nossa presença e efetuou disparos de fuzil — afirma o delegado.
Ainda conforme a polícia, o homem estava com tornozeleira eletrônica e tinha pelo menos 20 antecedentes criminais, sendo sete por homicídio, mas também roubo a banco, três vezes por tráfico e duas vezes por associação ao tráfico de drogas, formação de quadrilha, roubo a estabelecimento comercial e de veículo, porte ilegal de arma de fogo, duas receptações de veículo roubado, duas vezes por furto, e dano. O nome dele não será divulgado enquanto a investigação estiver em andamento.
Apreensões
Para a operação, os agentes mapearam três depósitos que funcionam em duas cidades. No sítio em Morungava, em Gravataí, foram encontrados diversos armamentos, como pistola, fuzil e espingarda. Além disso, foram apreendidas granadas, coletes balísticos, rádio comunicadores e dinheiro. Também foram cumpridos dois mandados de busca em apreensão em Porto Alegre, no bairro Sarandi, na Zona Norte. Nesses locais, que serviam de depósito, foram recolhidas outras três armas de fogo.
O 20º Batalhão da BM participou da operação. Somente em Gravataí, o efetivo foi de 30 policiais.
Liedtke diz que o sítio é um grande depósito de armamento que funciona pelo menos desde o início deste ano. Em novembro do ano passado, segundo a polícia, o responsável pelo local sofreu um atentado em Sentinela do Sul, na região da Costa Doce. Homens armados, inclusive com fuzil, chegaram na residência atirando, mas o líder da quadrilha conseguiu fugir a pé por um matagal.
A partir de agora, a investigação irá prosseguir com o objetivo de identificar outros membros do grupo.
— Estamos tendo todo o cuidado durante a investigação, que inclui o monitoramento, e principalmente, durante a abordagem. Nunca descartamos o risco de confronto porque os suspeitos são considerados de alta periculosidade — ressalta Liedtke.