Policiais federais cumpriram, nesta terça-feira (21), um mandado de prisão e quatro de busca e apreensão durante a operação Harvest. Os bens e valores envolvidos na investigação podem chegar a R$ 2,3 bilhões, para os quais também há ordens judiciais de apreensão.
O suspeito preso tem 38 anos. Ele é mora em Montevidéu, no Uruguai, e administra seis empresas, segundo a Polícia Federal. Cinco delas ficam em Santana do Livramento, na Fronteira Oeste, e uma em Curitiba, no Paraná.
O grupo de empresas funcionaria como uma ferramenta de intermediação de pagamento de clientes vinculados a casas de apostas e plataformas de investimentos do Uruguai. A atuação configura crime de evasão de divisas, isto é, movimentações financeiras sem declaração aos órgãos competentes.
Além disso, segundo apurou a polícia, as empresas investigadas reinvestem os recursos dos clientes brasileiros por conta própria. As ações seriam feitas no mercado financeiro formal quanto em criptoativos, tipos de bens digitais.
A PF afirma que esses investimentos são feitos à margem de qualquer autorização do Banco Central ou dos clientes. “Já há informações de centenas de clientes que não tiveram seus créditos ou resgates realizados pelas empresas do investigado”, completa o texto enviado pela PF.